Mensagem Inicial

Caro(a) Amigo(a).

Você é forçado a viver, diariamente, uma série de situações que lhe provocam stress. Essas situações podem vir de traumas emocionais, de frustrações pessoais, de um meio familiar, social e profissional exigente que lhe causa sofrimento. E, diante delas, você reage apenas de duas maneiras possíveis: com agressividade ou através da fuga. Você discute com o seu cônjuge, com os seus filhos, com os seus amigos, com os seus colegas, tudo como forma de lidar com a incapacidade que sente perante a impossibilidade de gerir o stress a que é constantemente sujeito. A cada investida bem sucedida, você julga descarregar a tensão e acredita que consegue, assim, consciente ou inconscientemente, sentir algum relaxe. Deste modo, embora perturbado, através da posição de domínio que lhe dá a possibilidade de aliviar a sua pressão à custa dos outros, você consegue compensar as suas frustrações e ir vivendo, sem, no entanto, tomar verdadeiramente consciência do seu estado de sofrimento.

Ou, então, como comportamento alternativo à agressividade, você foge e busca um escape nos hobbies, nas mais variadas actividades fora do ambiente de trabalho ou de casa. Você acredita que, desta forma, a insatisfação do trabalho ou do lar é compensada pelo divertimento, permitindo-lhe melhor suportar as frustrações causadas pelo stress, descarregando-as algures e obtendo, até mesmo, alguma satisfação momentânea.

O problema agrava-se, no entanto, ainda mais, quando você não consegue dar azo a qualquer uma destas duas situações. Aqui, o stress torna-se contínuo e você dá por si impossibilitado de se libertar dessa energia destrutiva através da agressividade ou da fuga, o que origina que, essa mesma energia, acabe por voltar-se contra si, numa espécie de auto-agressão, gerando primeiro sintomas, depois disfunções e, finalmente, doenças. O aparecimento do sofrimento físico, assinalado pelos sintomas (ansiedade, nervosismo, dores, cansaço, etc.), leva-o a consultar um especialista, que lhe prescreve medicamentos e dias de descanso. E isto representa uma fuga autorizada, ainda que parcial, que o afasta temporariamente da situação que lhe está a gerar stress.

No final do intervalo de cura, você regressa ao ambiente habitual e tenta retomar a sua vida de sempre. Só que a raiz continua lá e o problema não foi realmente resolvido. O seu sofrimento volta e, passado pouco tempo, você contacta de novo o especialista, para que ele o autorize, mais uma vez, a fugir e a dizer, quer no trabalho, quer no lar: “Estou mal. Deixem-me descansar. Deixem-me em paz”. E, de repente, você vê-se sem saída.

Para quebrar com este ciclo vicioso, você precisa de fazer uma verdadeira análise existencial, uma revisão de vida, da sua vida, tarefa que, infelizmente, muito poucos estão dispostos a empreender espontaneamente. Por outras palavras, a doença deveria ser o sinal para essa introspecção, para que você se questionasse sobre o mais profundo significado desta mensagem biológica que são os sintomas, evitando a romaria constante de um especialista para o outro, de um medicamento para o outro, tantas vezes sem qualquer resultado.

Por isso, de forma a poder mudar tudo isto, deixe-me ajudá-lo. Deixe-me dar-lhe uma perspectiva completamente diferente de como lidar com o stress. Deixe-me ajudá-lo a remover definitivamente o stress da sua vida.

José Micard Teixeira